Crossover, #01-08.

No universo de Promethea, que é capaz de ser o mesmo universo que o meu e o teu, histórias, mitos e lendas possuem sua própria dimensão, que pode ou não interseccionar com o nossa. O Imaterial, como é chamada, é um reino vasto, que vai além do que podemos vivenciar em carne e osso. E que vai além do que os mitos e lendas podem experimentar por si só. Talvez usando essa conexão, Danny Cates escreve Crossover como um enorme what if uma dessas dimensões, no caso a Imaterial, começasse a invadir a nossa dimensão. Para quem está lendo, é diversão pura. As edições passam voando, o universo da HQ é de uma nerdice contemporânea recheada até o talo de bons momentos, equilibrando meta com a boa e velha narrativa de herói. É meio que um trampo de um nerd para outros nerd, com tudo de bom e ruim que isso significa. No caso específico de Crossover, em uma era de super-exploração de IPs em todos os setores da indústria, há um romantismo inescapável, irresistível. Uma das melhores HQs do ano, certamente.