Promethea, #01-11.

Meio que do nada, resolvi começar a (re)ler Promethea, que tenho na minha coleção há uns anos. A primeira vez que li algumas edições de Promethea foi na finada revista Marvel Max, que era publicada pela Panini no Brasil. Naquela época, me interessava mais Alias, Supreme Power e um monte de coisa “adulta” que a revista trazia. Lia Promethea mais por protocolo.

Mas agora… broder que porra é essa. Esculacho atrás do outro. Páginas duplas infinitas, roteiro totalmente sem freio do Moore, como se ele tivesse guardando tudo aquilo justamente para uma série como essa. J.H. Williams III desenhando como se não houvesse amanhã. Um 1999 que nunca existiu, mas que ao mesmo tempo continua futurista e retrô.

Tenho indo dormir tarde só por causa do gás que ler Promethea me deu. A página acima é da #5, e é só uma das diversas páginas duplas onde Moore e Williams resolvem viajar pesado – ou: como utilizar HQs para escrever sobre os diversos planos existenciais assim, de leve. As edições são deliciosamente ambiciosas, mas nunca inacessíveis. Há um equilíbrio (editorial talvez, autoimposto talvez) que mantém o cabecismo verborrágico de Moore sob controle. É como se ele tivesse operando umas marchas a menos do que poderia, mas por escolha.