The Bear, S04.

O espaço criado na temporada anterior cumpriu a sua função. Os diálogos caminham até algum lugar, as conversas difícieis nem sempre terminam em gritaria. Há um progresso notável nos personagens. O que não há é tempo. Algumas decisões terão que ser tomadas, feliz ou triste. Se bem que o saldo aqui parece ser mais feliz. Ou contente. Ou positivo. Continua sendo uma série linda, que consegue arrancar novas belas cenas das locações que já conhecemos bem (e vários momentos bons recheiam os episódios, como logo no primeiro da temporada – e aquele episódio no final, bicho, que lindeza). Mas principalmente: o roteiro. Mesmo que o elenco esteja muito à vontade, é o roteiro que brilha em vários momentos. Deixa na tua cabeça frases que poderiam até me servir, se eu, assim como os personagens, pudesse sair da minha própria frente. Essa temporada me deu um sentimento de Tudo Bem. Tudo bem mudar de ideia, tudo bem não querer mais fazer algo, tudo bem não sentir amor. Tudo bem sentir apenas amor. Nesses anos assistindo The Bear, resistindo, aprendendo, observando e espelhando a minha própria experiência em show de televisão, saquei que é sempre um turno por vez, um dia, um episódio. Olhar pra frente, mas não muito. E no final, fica tudo bem.