2022: HOW TO DISAPPEAR COMPLETELY [OU] QUE ANO BRÓDER [OU] MELHORES DO ANO

Godspeed You! Black Emperor – All Lights Fucked on the Hairy Amp Drooling
– o tipo de coisa que parece que nunca ia acontecer: versões digitais de uma das 33 fitas que o GY!BE fez pro primeiro disco deles em 1994 e jamais tinham caído online. um acontecimento.
Lord Elephant – Cosmic Awakening
– stoner doom blues do ano.
Czarface – Czarmageddon!
– felicidade em forma de:
You can feed me to the sharks, I’ll come back in a shark-skin suit
Hotter than hibachi sauce, wiping out your zombie horde
Silvana Estrada – Marchita
– ter um coração partido embalado por Silvana: motivos para se ter o coração partido.
Sault – AIR
– o nosso coletivo anônimo de r&b favorito atinge novos patamares, sedimentando o poder do produtor e capitão Inflo sob todas coisas musicais vindas da Inglaterra. o groove dá espaço para orquestrações absurdas, entregando um disco imenso, como sempre deveria ser.
Tim Bernardes – Mil Coisas Invisíveis
– fora do tempo e espaço, Tim tá na dele. jovem mestre em pleno controle da sua vibe.
Vince Staples – RAMONA PARK BROKE MY HEART
– várias vezes durante o ano precisei de um disco assim.
Soichi Terada (寺田創一) – Asakusa Light
– “…feelgood music that’s the aural equivalent of a dopamine rush at sunrise.”
Kendrick Lamar – Mr. Morale & The Big Steppers
– kendrick has been going tru somethin’. deixa o cara. aprecia e acompanha. um privilégio.
Charley Crockett – The Man from Waco
– i’ll tell you something true
every little thing i do
i stay lonely all the time.
Raum – Daughter
– hardcore: “There are fragments of beginnings and a deep sense of loss.”
Kenny Beats – LOUIE
– now I can hold my head up high. fazendo jazz com trackpad de macbook. um doutor especialista trabalhando.
Curren$y & The Alchemist – Continuance
– ta da da ta da da.
Joey Bada$$ – 2000
– you fuckin’ with the realest cat since Larry David.
Shinichi Atobe – Love of Plastic
– “there’s a breeze of warm air that takes over whenever his music is played, a promise of better days, blue skies, tingling skin, sultry evenings – all that hammy stuff. “
Burial – Antidawn
– uma solidão interminável.
Denzel Curry – Melt My Eyez See Your Future
– i’m killing all my demons cuz my soul is worth redeeming.
Black Thought & Danger Mouse – Cheat Codes
– já tava excelente e daí aparece um DOOM que deixa o cara tristão.
macaroom – Inter Ice Age 4
– o salvador de manhãs mais competente do ano.
Kali Malone – Living Torch
– obrigado, Kali.
Warmth – Pale Sun
– vou escolher esse EP do prolífico Warmth, mas qualquer coisa que ele soltar vale a audição algumas vezes. ambient que soa como tu gostarias que ambient soasse.
Boris – W
– bons tempos pra ser fã de Boris. nos últimos anos, soltaram muito material. W é pura doidera Borisiana, indo de vibes kawaii-esquisito pro crowbar-de-final-de-semana de uma faixa pra outra. excelente.
Freddie Gibbs – $oul $old $eparately
– sem pares né, poder sonoro que deve ser experimentado de vez em quando.
Codeine – Dessau
– mais um disco perdido. 30 anos engavetado, uma obra prima slowcore intacta, do jeito que a banda queria. pancada.
Pan•American – The Patience Fader
– um ano que até teve disco do Pan•American bicho.
Eiko Ishibashi (石橋英子) – Drive My Car Original Soundtrack
– ideias imaculadas: e se a gente chamasse a Eiko Ishibashi pra fazer a trilha do nosso filme?
Ron Trent – What do the stars say to you
– aulas. é dar play e aprender a viver.
Flora Purim – If You Will
– coisa de quem sabe demais, minha nossa senhora.
Charles Stepney – Step on Step
– um monumento: “The music that makes up Step on Step was created by Stepney alone, in the basement of his home on the Southside of Chicago, sometime in the late 1960s and early 1970s”
Conway the Machine – God Don’t Make Mistakes
– um ano em que rappers exploraram suas tretas consigo mesmo em público. bom pra gente.
Laurent Bardainne & Tigre d’Eau Douce – Hymne au soleil
– um dia de sol em forma de disco.
Natalia Lafourcade – De Todas las Flores
– dizem que a Natalia escreveu o que viria ser esse disco enquanto passava por um coração partido. uma banda inacreditável (Marc Ribot! ) e toda a dor & beleza que tu conseguires aguentar.
Klaus Schulze – Deus Arrakis
– o ponto final de uma carreira imensa. um presente de Klaus antes de partir: ‘Deus Arrakis‘ became another salute to Frank Herbert and to that great gift of life in general.”