Tommy Guerrero, 28/03 – Bird, Rotterdam.

Enquanto Tommy mexia em um pequeno projetor, conectado a um celular velho, que jogava sobre o amplificador e um pouco sobre suas pernas imagens semelhantes ao que tu vês quando olhas pela janela de uma viagem de carro longa, pensei, que fita: deve fazer uns quinze anos que vi ele tocar em uma casa na Vila Madalena. E faz mais de vinte anos que ouço a música dele. Nesse show, o seu irmão, Tony Guerrero, abriu pra ele e contava entre uma música e outra que eles tocam juntos desde criança, que aquela era a primeira vez que ele tava viajando com o irmão e abrindo os shows dele. Logo depois, Tommy também comentou no final do seu show que algumas daquelas músicas tinham mais de 30 anos e outras ele ainda tava compondo e experimentando. Envelhecemos, bróder. Ou: tempo versus prática, paciência e trampo. Parece ter sido essa a temática da noite. A timeline dos Guerrero é bem diferente da minha. Mas que bom foi termos nos encontrados pela segunda vez.