The Sopranos, S01.
Devo ter assistido à essa primeira temporada pelo menos umas quatro vezes. Talvez mais. Consigo lembrar dos episódios com certa clareza, mas toda vez acabo rindo com alguma piada ou referência que deixei passar anteriormente. Livia Soprano continua me estressando demais, crédito total à perfeição que Nancy Marchand dá ao personagem. Acho que teve uma época que eu, de propósito, não prestava muito atenção às cenas dela porque me dava um troço no coração bicho, difícil demais. Muito estresse. Mas nada como envelhecer. Ainda me dá uma ansiedade do caralho, mas é de certa forma fascinante. Os episódios passam rápido, deixando aparente as intenções da série. Coisa de gente grande, fazer TV dessa forma, ainda mais em 1999. Quando moleque, achava massa o Tony ali, daquele jeito todo grosseiro e engraçado. Nos meus vinte e poucos anos, tinha ojeriza total à ele. Um personagem que significava e agia como tudo que eu não queria ser. Agora nos meus trinta e poucos, acho que entendo as coisas diferente de novo. A incompletude de Tony é a coisa mais aparente. E esse sentimento permeia meio que todos os outros personagens também. O tema central dessa primeira temporada parece ser justamente isso, o que nos falta.