The Newsroom, S01.

Dia desses li um post, de uma dessas contas de instagram que fazem posts de texto explicando alguns conceitos psiquiátricos de forma cute, que um dos efeitos de estar operando além da própria capacidade mental é resistir experimentar coisas novas. Como se o cérebro estivesse carregado até o limite. Faz um tempo que comecei, quase instintivamente a assistir de novo algumas coisas. The Wire. True Detective. Filmes do Kar Wai. Não foi muito planejado, mas continuou acontecendo. E continua acontecendo.
Terminei a primeira temporada de The Newsroom esses dias. Virei um tio que reassiste infinitamente as mesmas obras, mesmo que elas não sejam tão boas assim. Comfort food mental on demand. Quando The Newsroom começou, eu imediatamente curti. Todos os Sorkismos do mundo em uma série só, usando um caminhão de dinheiro da HBO e finalmente um Sorkin livre pra fazer o que quiser, escrever como achava que deveria ser. Claro que não deu muito certo, pois ele decidiu reescrever a realidade como um todo, num arroubo de autoconfiança invejável. Mas fora o que não deu certo, ainda há uma série que é romântica até o osso. Seja em relação ao Jornalismo com J maíusculo, seja com relações interpessoais. Personagens, que apesar de aparentemente serem apenas versões de uma mesma pessoa, causam em mim um sentimento familiar de pertencimento. Mesmo que eu nunca tenha pertencido à algo como o ambiente da série. Nostalgia por um passado inventado. Por querer estar ali, mesmo sem nem saber o que ali realmente seja.