Station Eleven, S01E04-10.

Desde os episódios iniciais, comecei a sentir algo diferente por essa série. Tecnicamente há vários pontos positivos. Bela cinematografia, elenco que parece expandir sem perder a qualidade. Apocalipse neo-feudal, timelines que de conectam, ou interseccionam ou parecem se sobrepor. O mais aconchegante fim do mundo. Mas acho que tem algo a mais, comecei a perceber que meu foco virou mais emocional. Quando um episódio contou o que aconteceu com um grupo de pessoas que passou pelo começo do fim do mundo ilhado em algum aeroporto em Michigan, comecei a ver que nem eram os personagens que me interessavam. O que eu sentia era uma conexão forte com um dos temas da série: recomeçar não é fazer tudo o que foi feito antes (ou não pode apenas ser isso). Recomeçar é não dever quase nada ao que veio antes. As escolhas que se abrem quando se passa por isso, meu velho, são intensas e definitivas. Station Eleven abre esse leque na tua frente, ora de forma direta, ora sendo deliciosamente obtusa. Acho que tenho que ler o livro em que a série se baseia. Bagulho bateu forte.