Samsara, 2023.

Ser envelopado por esse filme foi um tremendo presente de aniversário. Lembro que quando era criança, não entendia por quê falavam tanto sobre o nome do diretor de um filme, porque pra mim, o ator era o mais importante né, não tem filme sem ele. E ele só precisa ir ali pra frente da câmera e falar umas coisas, atirar nuns caras, correr daqui pra lá. De certa forma isso era cinema pra mim, só pessoas fazendo algo que iriam fazer de qualquer forma, se a câmera tivesse aqui ou ali, não importava muito. Assistir filmes como Samsara me dá a mesma sensação que tinha quando não sabia como se fazia cinema. É algo que aparece na tela, sem direção, sem roteiro, estaria acontecendo de qualquer forma. Quando esse filme decide virar a luz e o som em tua direção e te guiar, não tem muito o que ser feito. Tudo que tinha para acontecer para tu chegares nesse ponto, aconteceu já.