Oppenheimer, 2023.

Acho que tava mais interessado em ver o elenco imenso em ação e também porque descolei ingressos para uma sessão em 70mm do filme. De resto, acho que esperava encontrar algo, mas nada demais. Sobre o projeto, Hickman já fez tudo que deveria ser feito. E sabia que o Nolan teria que ir fundo para conseguir superar o excelente Tenet, que considero o seu maior e melhor filme – aquele que equilibra características blockbuster com doideras e interesses que são particulares ao diretor. O filme tem cerca de dois terços muito bons, montando um Avengers da física, tentando achar algum modo de se contar a própria história. Tu até, por um pequeno momento, se esquece que tudo isso tá acontecendo com um intuito nefasto e injustificável. Mas fica mais Top Gun do que… hum, não sei o que ficaria na outra ponta (talvez um daqueles documentários da BBC pós-guerra?). Mas sem a diversão imensurável que Top Gun entrega. Sem também as trevas que seria cabíveis a um filme assim. Apenas superfície, por mais bonita que seja essa superfície. Quando a bomba explode, fica essa sensação de que algo ali não foi contado, que tem algo sobrando, algo óbvio. E claro que tem.