Only Lovers Left Alive, 2013.

Me sinto totalmente pretensioso e meio pau no cu ao afirmar que adorei cada segundo desse filme. Only Lovers Left Alive pode até ser sobre vampiros seculares que conversam sobre Tesla, astrofísica, botânica e viveram durante praticamente todos os movimentos culturais da humanidade. Mas creio que é sobre uma linha de tempo longa o suficiente para mostrar que poucas coisas são realmente imortais. Difícil não se apaixonar pelo casal, principalmente pelo romântico e suicida Adam (Hiddleston em brasa), que toca post-rock fúnebre, gravado em pornográficos aparelhos analógicos. Um filme delicioso para quem é nerd consigo mesmo (o jogo de Doutores que Adam faz com seu traficante de sangue) e que não costuma entender toda a humanidade (o desdém de Adam pela tecnologia que usamos). Filmes como esse são prêmios secretos para quem vive tempo demais consumindo tudo ao seu redor, decorando todos os detalhes e todas as nuances de tudo que lhe apetece. De nerd para nerd, com amor.