Grotesquerie, S01E01-04.

Tava pensando, enquanto assistia, que acho que nunca terminei uma série do Ryan Murphy. Talvez alguns episódios ou até mesmo uma temporada toda, mas nunca um bagulho inteiro. E nem foi ele que me atraiu até Grotesquerie. Como órfão eterno da S01 de True Detective, ainda busco aquela chapação em quase todo show criminal que cruzo. Tem algo estranho nessa série, de qualquer maneira. Fico em dúvida se devo levar a sério tudo que me aparece, pois o sentimento de que essa ou aquela cena/sequência/personagem é um sonho, delírio, imaginação, é forte (ou: quase caricato). Talvez seja sempre isso que me afasta das séries do Murphy: não sei onde pôr a minha atenção pra valer: na série em si, do jeito que é, nos personagens e suas versões dos eventos, em mim e minha interpretação? De vez em quando o roteiro vai de pitch perfect ao mais novela das 8 possível, o que não ajuda. É um equilíbrio custoso – e não de uma forma empolgante, mas desgastada. Decidi encarar Grotesquerie como a caminhada ao inferno da detetive Lois Tryon, do jeito quer for. Não sei até onde vamos, ou se ela vai chegar lá. Mas por enquanto, estamos juntos.