For All Mankind, S01.

Esse lance de História Alternativa nunca foi muito a minha. Mas aí o cara envelhece e aprende umas coisas, começa a ver tudo como nós que se desenrolam sem limites. Hoje em dia, essa vibe até rola (dependendo do ponto de vista, toda a História é alternativa). Mas normalmente não me engaja muito além de um interesse inicial. Comecei a assistir For All Mankind meio que nessa, ah, e se os EUA tivessem perdido a corrida espacial, como seria né. Confesso que engatei algumas vezes ali no primeiro episódio (meu interesse pela corrida espacial é bem pequeno hoje em dia). Mas aí teve aquela cena em que os Soviéticos mandam uma mulher pra lua, ela abre o capacetão de cosmonauta e tá lá, mortal. Baita cena. Assim que deveria ser feito. Os episódios então começaram a me consumir: era isso que eu queria ver. Muito bom ver o Joel Kinnaman brilhando, encontrando bons pares em suas cenas – mesmo que a melhor parte do elenco sejam as mulheres, que vão de personagem estereótipo ao infinito em apenas alguns episódios. Dominam a série com maestria (Margo, excelente personagem, Molly idem). A série deixa de ser sobre esse lance de “os melhores de nós indo ao espaço” para ser sobre as mudanças que uma década cheia de transformações sociais causam nas pessoas. Os anos 60/70 dos EUA já foram retratados de forma competente por séries como Mad Men, deixando para For All Mankind uma linha de tempo alternativa que é cheia de problemas, mas também cheia de avanços e possibilidades. Difícil soltar de alguns personagens, mesmo que a série pule ferozmente por meses, anos até. Alguns episódios dessa temporada são muito melhores que outros, todavia boa temporada inicial.