Love Death + Robots, S01.

Teve uma época, ali depois da faculdade e antes do Youtube, em que garimpar e assistir os curtas de conclusão de curso da Supinfocom era um hobby entre eu e amigos. Dezenas e trampos lindos, complexos, que não só mostravam o estado atual da animação, como experimentavam sem limites. Era um bom hábito. Demorei pra entrar em Love Death + Robots, as temporadas foram de acumulando, alguns clientes jurando que eu estava perdendo algo massa. Por algum motivo, esteve fora dos meus interesses por um tempão. Recentemente, parece que o tema dos meus dias é descobrir que tudo que eu queria estava bem na minha frente todo esse tempo. O clichê de que the only way out is through em plena ação. Fui assistindo aos episódios da primeira temporada e rindo pra mim mesmo: “quanto tempo faz que não me sinto assim? quer não vejo algo tão bonito? e essas ideias, que sempre me agradaram, estavam ali todo esse tempo?”. O nível técnico é embasbacante, alguns episódios são um esculacho, me atualizando nas capacidades da animação hoje em dia (as fichas técnicas dos eps são uma lista de peso pesados da área). A temática: mortal. Tal como ler um livro e sentir que algumas passagens foram extraídas do teu cérebro e postas em páginas só pra ti, como um reflexo ao invés de uma projeção. O horror e beleza cósmica de se experimentar um espaço de tempo nesse universo doidera.